Os responsáveis pelo monumento mais visitado do Brasil não recebem nem um centavo dos ingressos contados para vê-lo. O responsável pelo Santuário do Cristo Redentor, padre Omar, contou que o monumento é mantido há 85 anos com a ajuda de doações da iniciativa privada e a ajuda da Arquidiocese mas que, infelizmente, vai precisar recorrer aos fiéis para conseguir fechar as contas com um pouco mais de folga.
A Arquidiocese do Rio iniciou nesta quinta-feira (8) uma campanha em busca de doadores para a estátua mais famosa do país, inaugurada em 1931 é considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno. Os interessados em fazer doações podem acessar o site www.cristoredentoroficial.com.br ou através de depósito no banco Bradesco, agência 0814, conta corrente 076196-6, favorecido Mitra Santuário Arqui do Cristo Redentor.
Em um dia de sol, o monumento estava cheio de turistas que estavam disputando espaço para conseguir o melhor clique da estátua, considerada uma das maravilhas do mundo moderno. A estátua faz jus a fama. É a atração turística mais vista do Brasil, com 3 milhões de visitantes anuais.
Na entrada da capela do santuário, há folhetos em três idiomas – português, inglês e espanhol – pedindo adesões para a campanha de doações. Nele, os responsáveis pela imagem informam que não recebe nenhum recurso da bilheteria de acesso ao Parque Nacional da Tijuca.
Este é o último dia da baixa temporada de acesso ao monumento. No ingresso, são contados R$ 27 de entrada no Parque Nacional da Tijuca e outros R$ 30 de transporte de van, que sai de alguns pontos da cidade.
Padre Omar, responsável pelo monumento, conta que, mesmo sendo a principal atração do parque, o santuário que abriga a imagem não recebe nem R$ 1 repassado dos ingressos. Ele acredita que o monumento é mais uma vítima da crise no país e conta que precisa de ajuda para a manutenção da estátua e para pagar o salário dos 30 funcionários que trabalham ali. O custo anual do local é de R$ 5 milhões.
“É a porta de entrada do país, o monumento mais visitado e não recebe nada desse fluxo. Nesses 85 anos de história, o monumento tem sido mantido com a ajuda da Igreja e da iniciativa privada”, explicou o padre.
De acordo com o padre, o cardeal Dom Orani Tempestade já tentou dialogar em torno do tema, não houve um consenso sobre a viabilidade do repasse de uma parte dos ingressos. Para o pároco, os pedidos de doações são a última alternativa em busca de ajuda no custeio.
“Assim como o feito foi construído com a ajuda do povo, queremos que ele seja mantido com a ajuda do povo”, explicou o Padre Omar.