Entre muitas coisas que temos de admitir, uma delas é muito especial: nós amamos nossos animaizinhos de estimação. Eles são nossos amigos mais leais e estão sempre conosco, nos melhores e nos piores momentos, sem se importar se temos dinheiro, onde vivemos ou o que fazemos. Aconteça o que acontecer, os animais são leais e estão sempre ao nosso lado. Se você tem um cachorro ou um gato, tenho certeza que você sabe disso por experiência própria. Se você criar um bom relacionamento com o animalzinho, ele vai sempre estar esperando por seu retorno com uma alegria excepcional.
No entanto, devemos dizer que, muitas vezes, interpretamos mal os sinais que nossos animais de estimação nos enviam. A nossa maneira de ver o mundo é mais complicada, desenvolvida ao longo dos séculos, em um sistema social bastante típico. Ao invés disso, os comportamentos animais são muito mais óbvios e simples do que pensamos e sempre têm um objetivo. Muitas vezes nos esquecemos deste último caso e achamos que os animais se comportam de uma certa maneira exclusivamente por amor por seus proprietários.
A protagonista de nossa história aprendeu essa grande verdade. Essa moça optou por ter um animal de estimação bastante característico: uma cobra píton. Há alguns anos atrás, ter uma cobra como animal de estimação era impensável. Hoje em dia é mais comum do que imaginamos. No entanto, devemos sempre lembrar que um réptil percebe o mundo de forma diferente dos seres humanos e, sendo assim, podem tratar-nos de maneira perigosa.
Você quer saber o que se passou com essa moça e sua cobra?
Era uma vez , uma mulher na Índia que tinha uma cobra píton de 4 metros e a amava muito. Ela a amava tanto que até mesmo dormia com ela. Elas eram muito felizes e parecia que laços de amor as uniriam para sempre. No entanto, um certo dia, a píton parou de comer. Ela ficou sem comer por muitos dias, para desespero da nossa protagonista, que tentava alimentá-la com coisas diferentes, para tentar animá-la.
Como nada adiantava, certo dia, a moça não suportou mais essa situação. Ela tinha certeza que sua querida amiga sofria com alguma enfermidade ou alguma coisa de muito sério tinha lhe acontecido. Ela, então, decidiu levá-la ao veterinário, para pedir a ajuda de um especialista e descobrir o que se passava.
Ao chegar lá, a veterinário escutou atentamente a história. Desde o início de sua grande amizade até que a cobra começasse com aquele comportamento estranho. No término da história, a médica perguntou-lhe: “Quando a cobra dorme com você durante a noite, ela se envolve em sua volta ou perto de você e se estica?
Não perca a resposta! Você vai ficar de queixo caído!
A moça, surpresa, respondeu entusiasmada: “Sim! Sim! Ela faz isso todos os dias e eu fico muito triste porque me dá a impressão de que ela está me pedindo algo e eu não sei o que é e não consigo ajudá-la”. No entanto, o que a pobre moça não tinha ideia é que, em alguns segundos, sua linda história iria perder toda a magia, chocando-lhe com sua bruta realidade.
“Senhora, a sua cobra não está doente”, começou com uma voz preocupada a veterinária, “ela está se preparando para devorá-la. A cada vez que ela se estica e a “abraça”, a cada vez que se envolve ao seu redor, ela está medindo seu tamanho e comprovando o seu peso. Ela está checando se você será uma boa presa e como deve se preparar para atacá-la. Ela deixou de comer para deixar espaço suficiente para poder engoli-la e digeri-la com maior facilidade.”
Foi nesse momento que a moça compreendeu o seu maior erro: ela pensava que a cobra tinha emoções humanas, enquanto que o objetivo principal do animal era saciar suas necessidades básicas. E esse é um sistema muito comum no caso das pítons. Primeiro elas checam e estimam se vale a pena digerir uma presa, daí elas param de comer, para, finalmente, engolir sua vítima de uma vez só; então, elas ficam imóveis durante meses, até que termine a digestão e elas possam mover-se novamente.
O moral dessa história é duplo: por um lado, devemos olhar nossos animais de estimação a partir do ponto de vista deles, para podermos entender seus comportamentos e suas necessidades. E, por outro lado, devemos lembrar que, apesar de muitas pessoas à nossa volta nos abraçarem e nos beijarem, suas intenções não são necessariamente boas. Elas podem apenas estar querendo tirar algum proveito, como a cobra dessa história.