O quociente de inteligência, QI, de bebês amamentados é de 3 a 5 pontos mais elevado do que daqueles alimentados por fórmulas, de acordo com estudo publicado na edição de outubro de 1999 do American Journal of Clinical Nutrition.
O leite materno está associado a níveis significativamente elevados do desenvolvimento cognitivo, quando comparada a outro tipo de alimentação. A diferença aumenta conforme o tempo de amamentação e, além disso, bebês que nascem com baixo peso recebem maiores benefícios.
Esse estudo confirma que os nutrientes do leite materno e a ligação maternal têm efeitos benéficos para o QI, conforme afirma James W. Anderson, M.D. Bebês privados do leite de suas mães tendem a apresentar QI mais baixo, menor realização educacional e ajustamento social empobrecido, quando comparados àqueles que foram amamentados.
O leite materno provê nutrientes requeridos para o rápido desenvolvimento do cérebro imaturo. Sustenta o desenvolvimento neurológico ao prover ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa, tais como o ácido docosaexanóico (em inglês, DHA) e o ácido araquidônico (AA).
Esse estudo consistiu em uma meta-análise, ou seja, em uma revisão crítica, resumindo-se os resultados de vários estudos clínicos e de características selecionadas sobre o assunto. Esse tipo de análise é importante para separar os efeitos da ligação com a mãe daqueles advindos dos nutrientes originários do leite materno.
O estudo incluiu 20 artigos publicados que satisfaziam o critério da meta-análise. Essa abrangia fatores como a idade e nível de inteligência da mãe, ordem do nascimento (primeiro ou segundo filho, por exemplo), peso do bebê ao nascer, idade gestatória e condição socio-econômica.
Lipídios formam 60% do cérebro, com o DHA e o AA como componentes principais. Durante a gravidez, a mãe mobiliza o DHA e o AA para garantir o desenvolvimento cerebral do feto, continuando a fornecê-los através do leite após o nascimento.
Bebês prematuros são extremamente vulneráveis por não usufruírem do suprimento intra-uterino daqueles ácidos, não possuindo também qualquer estoque de gorduras destes ácidos de cadeia longa.
Em mais de 60 países, incluindo a maior parte da Europa, as fórmulas infantis são vendidas com DHA e AA, mas os mesmos não são encontrados nas fórmulas vendidas nos EUA.